Quanto antes o autista souber da sua condição, melhor. (Foto/Reprodução)
O transtorno do espectro autista é
caracterizado por dificuldades de comunicação, de interação social, padrões de
comportamento repetitivos, entre outros.
Quanto antes o autista souber da sua
condição, melhor. Isso é o que acaba de revelar um estudo inédito, que
investigou o impacto do momento em que a pessoa recebe seu diagnóstico no
bem-estar futuro. A análise mostrou que conhecer a própria situação em uma
idade mais jovem leva a mais qualidade de vida na fase adulta.
No caso das crianças, conversar cedo
sobre o assunto pode ajudá-las a se entender melhor e a encontrar mais apoio. A
pesquisa, publicada no periódico científico
Autism, avaliou 78 estudantes universitários portadores do
transtorno que falaram sobre como souberam do diagnóstico, como lidaram com
isso e como se sentiam sobre suas vidas atualmente.
O transtorno do espectro
autista envolve várias condições que afetam o desenvolvimento
neurológico e tem diversas gradações. É caracterizado por dificuldades de
comunicação, de interação social, padrões de comportamento repetitivos, entre
outros. Pode ser classificado como nível 1, 2 ou 3 (leve, moderado ou grave),
conforme a necessidade de suporte, e é isso que vai orientar o plano
terapêutico individual. Segundo dados do CDC americano (Centros de Controle e
Prevenção de Doenças), atinge uma em cada 44 crianças.
O problema é que como existem poucos
exames específicos e o diagnóstico é essencialmente clínico, feito a partir do
histórico e da observação, muitos autistas chegam à idade adulta sem saber. “Às
vezes pode ser confundido com transtorno do déficit de atenção, ou
se acreditar que se trata apenas de uma criança ‘agitada'”, observa o neurologista Erasmo
Casella, do Hospital Israelita Albert Einstein. “Costuma-se associá-lo aos
quadros graves, pouco funcionais, não verbais. Precisamos desmistificar esses
estereótipos”, reforça a pediatra Mariana Granato, também do
hospital.
FONTE: Revista IstoÉ
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